Opinião: ‘Acácia – Ventos do Norte’ de David Anthony Durham

Acácia – Ventos do Norte

David Anthony Durham

Editora: Saída de Emergência

Colecção: Bang!

Sinopse: Leodan Akaran, rei soberano do Mundo Conhecido, herdou o trono em aparente paz e prosperidade, conquistadas há gerações pelos seus antepassados. Viúvo, com uma inteligência superior, governa os destinos do reino a partir da ilha idílica de Acácia. O amor profundo que tem pelos seus quatro filhos, obriga-o a ocultar-lhes a realidade sombria do tráfico de droga e de vidas humanas, dos quais depende toda a riqueza do Império. Leodan sonha terminar com esse comércio vil, mas existem forças poderosas que se lhe opõem. Então, um terrível assassino enviado pelo povo dos Mein, exilado há muito numa fortaleza no norte gelado, ataca Leodan no coração de Acácia, enquanto o exército Mein empreende vários ataques por todo o império. Leodan, consegue tempo para colocar em prática um plano secreto que há muito preparara. Haverá esperança para o povo de Acácia? Poderão os seus filhos ser a chave para a redenção?

Opinião: Acácia – Ventos do Norte é a primeira metade do primeiro livro da série Acácia, de David Anthony Durham. O autor dá-nos a conhecer um novo mundo cheio de intrigas em que tudo o que parece ser, pode não ser, e onde a traição e o arrependimento andam quase sempre de mãos dadas.

O reino de Acácia encontra-se num impasse. Por um lado é-lhes exigido que o comércio de escravos aumente, por outro surgem ameaças de guerra por parte do Mein, e Leodan fica sob grande pressão. Enquanto tenta permanecer sereno, há uma decisão a ser tomada e é no seu mais fiel conselheiro que ele deposita as suas esperanças caso lhe aconteça alguma coisa. Mal sabia ele que seria com a ajuda do seu conselheiro que uma grande desgraça se abateria sobre a sua família.

Após o caos se ter instalado em Acácia, achei que os acontecimentos se passaram um pouco depressa demais. Por outro lado, quando começa o livro dois, compreendemos alguns dos acontecimentos passados e o destino que o autor deu aos filhos do rei surpreendeu-me de uma forma positiva, conseguindo que o interesse pela obra voltasse a aumentar.

Talvez por ser a primeira metade de uma obra, quando chegamos ao fim ficamos com a sensação de que soube a pouco. Pelo menos foi com essa impressão que eu fiquei. O entusiasmo na leitura nunca foi constante, começando bem lá no alto, para depois cair bastante a meio e lá para o fim voltar a subir outra vez. Mas fica sem dúvida a semente plantada e vou querer ler a sua continuação em ‘Acácia – Presságios de Inverno’.

Há quem compare o autor a George R.R. Martin, tolos. David Anthony Durham criou um mundo com potencial, personagens que se podem vir a tornar muito boas e quem sabe trazer-nos grandes surpresas, mas só com este primeiro livro, não chega nem perto. Veremos o que é que o próximo volume nos trará.

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4 Comentários
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Elphaba
Elphaba
12 anos atrás

Ainda não estou convencia. Primeiro compro "A Corte do Ar".
Bjs*

Morrighan
Morrighan
12 anos atrás

Eu também não, por isso é que vou querer ler o outro primeiro!

Beijocas*

Fiacha
Fiacha
12 anos atrás

Olá 😉

Tenho uma opinião algo semelhante, de longe martin é muito superior (embora já tenhamos lido vários livros dele)e neste ainda vamos a meio de 1º volume original. Talvez as semelhanças tenham mais a ver como a história é contada (por POV), talvez a crueldade com que o escritor despachou uma personagem principal e pelas intrigas de corte, mas aqui nem de perto nem de longe existe uma personagem com a complexidade de Varys ou do Mindinho), mas as semelhanças terminam ai, penso.

Agora é uma história com enorme potencial, penso que o ritmo algo acelerado pode ter certos objetivos que não estejamos a ver, dai tambem concordar que devamos esperar pelo final do próximo livro para percebermos melhor o que o escritor pretende.

Penso que existem alguns copys de outros escitores, tipo os povos do deserto (Duna do herbert e Roda do Tempo de Robert Jordan), mas não é por isso que deixa de ter muito potencial.

Curioso na altura já existir vinho do porto LOL (alguma gralha do tradutor :P).

Tambem me soube a pouco mas sempre quero saber o que ai vem, nomeadamente dos Corsários, dos Povos do deserto escusado aqueles feiticeiros, mas vamos ver), da Sacerdotisa e claro da irmã mais velha que tem jeito para o Arco.

Gosto do Hanish, mas temo pela sua vida 😉

BJ

Unknown
Unknown
12 anos atrás

Bem, também ainda não estou convencida. Já li esta metade, mas fiquei muito pouco impressionada. 🙁

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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