Opinião: A Rapariga do Calendário – Livro 2 – de Audrey Carlen

A Rapariga do Calendário – Livro 2

Audrey Carlen

Editora: Editorial Planeta

Sinopse: A jornada de Mia Saunders, acompanhante por força das circunstâncias, continua neste segundo volume de A Rapariga do Calendário! Nos três meses que se seguem, Mia viaja para Boston, Oahu e Washington DC.

Em Abril, faz-se passar pela namorada do mulherengo Mason Murphy, um jogador de basebol profissional que precisa de melhorar a sua imagem, e acaba por descobrir que ele não é exactamente aquilo de que estava à espera.

Maio encontra Mia a incendiar o sangue de Tai Niko, modelo fotográfico e intérprete da dança do fogo samoano, enquanto participa numa campanha publicitária que tem como objectivo demonstrar que a beleza não é uma questão de tamanho.

Em Junho, a missão de Mia é servir de enfeite de braço a Warren Shipley, membro do grupo conhecido como Um por Cento. Enquanto finge ser uma caçadora de fortunas, descobre que Warren tem de facto um coração de ouro. Pena é que o atraente filho, Aaron, senador pela Califórnia, não seja em nada parecido com o pai. 

Opinião: Ora aqui está uma série cuja leitura é tão fácil e rápida que, mesmo quando a sua narrativa não é soberba, damos por nós a folhear página após página. A trama foi definida logo ao início – Mia Saunders tem de pagar a dívida do seu pai, que se encontra em coma após ter sido espancado por dever dinheiro a um homem com quem ela já se envolveu no passado; tem de cuidar da irmã, que neste volume lhe mostra que realmente já se está a tornar numa mulher; e ainda tem de lidar com as suas próprias questões existenciais, que surgiram essencialmente após ter aceite ser acompanhante de luxo. Problema: apaixonou-se pelo primeiro cliente, delirou com o segundo e descobriu uma nova realidade de companheirismo com o terceiro, que é homossexual. No meio disto tudo, decidir como encarar os próximos meses não é tarefa fácil.

Neste segundo volume, correspondente ao segundo trimestre do ano, Mia volta a conhecer personalidades masculinas completamente distintas umas das outras. Uma coisa é certa, a nossa protagonista tem uma libido descomunal, mas também um excelente sentido de humor e jeito para casamenteira. Há certas coisas que por vezes me irritam um bocadinho, mas tem a ver com a minha personalidade enquanto mulher, como por exemplo os complexos que ela mostra em falar com a irmã sobre a sua vida sexual, quando evidentemente não tem problemas nenhuns com isso a nível pessoal. Ou uma pessoa está à vontade para falar de sexo ou não está, essa coisa de se ser selvagem na cama e púdica fora dela é algo que não funciona para mim. 

Ainda assim, o divertimento é garantido. Tanto Mason como Tai e Warren têm muito para lhe dar e vice-versa. Não só a nível sexual, mas também enquanto perspectivas humanas. Se muitas pessoas vivem uma vida inteira sem terem noção do quão diferentes podem ser os relacionamentos entre duas pessoas, a cada mês Audrey Carlen, através de Mia, proporciona-nos isso mesmo. Inclusive uma pequena passagem por um momento mais dramático, em que nos é mostrada a faceta de homens que se acham mais do que são, que acham que se podem apropriar de qualquer mulher e ainda abusar dela. Uma pequena dose de realidade mais brutal, ainda que romanceada, mas que acho que se encaixou bastante bem. Flirt não é sinónimo de cama, nem muito menos um homem pode achar que a partir do momento em que isso existe, que pode fazer o que bem entender. 

Sou sincera, tenho um misto de sentimentos em relação a esta série. Não desgosto da Mia, a autora sabe como criar ambientes carregados de luxúria e sensualidade, mas há qualquer coisa na personalidade da protagonista que me afasta bastante dela. Não obstante, sem dúvida que estas pequenas histórias se lêem muito rapidamente. 

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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