[Diário de Bordo] Aviões Perdidos, Apresentações com Nomes Muito Longos, Uma Cidade com Magia Própria

Olá olá! 

Como estão? Eu sei, este ano tem sido uma instabilidade de todo o tamanho em relação à actividade aqui no blogue, mas à medida que o tempo passa, vou acreditando que tem valido a pena. Desta vez a ausência deveu-se a mais uma apresentação de um trabalho (Using Spark and GraphX to Paralellize Large-Scale Simulations Over Host Contact Networks) do meu doutoramento, em Helsínquia (Finlândia), na conferência 17th International Conference on Algorithms and Architectures for Parallel Processing (ICA3PP-2017), mais propriamente no Workshop 5th International Workshop on Parallelism in Bioinformatics. Para os curiosos, podem acompanhar o meu trabalho científico no meu perfil do Research Gate (aqui). 

As coisas não começaram foi da melhor maneira. No Domingo acordei às 4h, às 5h30 tinha de estar no aeroporto para um vôo às 7h, que só arrancou já passava das 8h, que me fez perder o vôo de ligação em Bruxelas e com isso fui obrigada a ficar mais oito horas no aeroporto, tendo só chegado a Helsínquia depois da meia-noite. A TAP não deu qualquer tipo de justificação para o atraso, ninguém me sabia dizer o que é que ia acontecer caso chegasse a Bruxelas e não conseguisse apanhar o vôo de ligação, enfim… Uma pilha de nervos. Lá se resolveu tudo e ainda tive uma valente sorte, pois penso que a minha mala, de todas as pessoas que perderam esse vôo, foi a única que chegou a Helsínquia. Outros dois portugueses ficaram sem mala, outros dois casais a mesma coisa, a fila de reclamações estava gigante… Ufa, a minha tinha aparecido! E ainda bem, porque me tinha esquecido de levar uma muda de roupa na mochila (sempre que viagem com mala de porão por favor não se esqueçam de levar uma muda de roupa convosco!!!!!). 

Valeu-me chegar ao hotel e encontrar excelentes condições. Fiquei hospedada no Crowne Plaza, no oitavo andar, com vista para o parque, para o lago, para a cidade; o pequeno-almoço era absolutamente perfeito e os funcionários super simpáticos e prestáveis. Tinha ainda sauna e piscina gratuitas, mas a verdade é que entre explorar a cidade e a tentativa de descanso, acabei por não usufruir desses serviços. Sim, porque parecia quase pecado sair daquela cama, era tipo céu na terra. 

Também a conferência, que ocorreu nesse mesmo hotel, teve das melhores condições que já encontrei. Se calhar tive sorte, a comida era perfeita, havia sempre água, chá e café disponíveis, etc. Não sei bem dizer como é que a minha apresentação correu, porque o tema era diferente dos outros todos e era complicado conseguir apresentar tudo, de forma clara e compreensível, em apenas vinte minutos. Explicar modelos evolutivos de populações de bactérias, restrições em termos de representações computacionais, como adaptar a programação paralela, explicar quais as vantagens das opções usadas e ainda apresentar os resultados… Bem, foi uma aventura. A coisa boa foi que quando a sessão acabou fomos para o jantar de gala, hospedado no Hilton, e a seguir fomos todos beber uma cerveja e descomprimir. 

No último dia, em que já não haviam sessões do meu workshop, aproveitei para explorar a baixa da cidade. Eu, e mais outros cinco investigadores, acabámos também por visitar Suomenlinna, uma ilha que servia como forte e defesa dos finlandeses. O tempo esteve sempre meio cinzento, mas como poderão ver pelas fotografias (todas tiradas com o telemóvel e sem nenhum tipo de edição, perdoem-me a falta de qualidade), existe muita natureza a rodear a cidade. Sendo Verão lá, os dias são bastante compridos: amanhece pelas 5h e pouco e anoitece pelas 22h. Helsínquia foi uma cidade de que gostei bastante e que achei muito equilibrada em termos de população, movimento turístico, opções culturais e de lazer. Não é como Londres, sempre fervilhante, mas tem algo que, à semelhança de Londres, me fez sentir que podia pertencer ali. Felizmente, penso que pode ser uma opção a ter em conta no futuro, já que o convite já me foi feito há algum tempo, e reiterado enquanto lá estive, mas só agora depois de viver um pouco a cidade é que realmente começo a ponderar. Quem sabe? 🙂 A despedida deu-se com o cone de crepe com frutos vermelhos, gelado e chocolate! 

Nos próximos tempos vou continuar um pouco atarefada, mas vou tentar manter-me presente por aqui. Vou leccionar Programação com Objectos (Java) no próximo semestre, na Alameda, mas também tenho de terminar outro trabalho, planear mais dois e ainda escrever o meu relatório de pré-tese. Upa upa!

Antes de terminar deixo-vos só com a bela notícia de que a Editorial Planeta Portugal vai editar a trilogia de Sevenwaters, de Juliet Marillier, já a partir de Novembro, com a edição de A Filha da Floresta! Óptimas notícias, não são? Beijos beijos e até breve! 

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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