Entrevista a Sara Farinha – Escritora Portuguesa

Boa tarde queridos leitores! Hoje apresento-vos mais uma autora portuguesa que se estreou recentemente no mundo literário enquanto autora. Conheçam a Sara Farinha!

Fala-nos um pouco sobre ti:
Sou alfacinha de gema, que vive numa cidade feita de contrastes e com um percurso pessoal que exigiu esforço e motivação, às vezes contra todas as probabilidades. Adoro escrever e adoro histórias, sejam relatos reais das pessoas com quem me cruzo, livros, filmes, séries televisivas, letras de música ou poesia. Adoro a língua Inglesa, música, cantar, viajar e fotografar. Os amigos e a família são muito importantes, e valorizo a sua presença tanto quanto valorizo estar sozinha.
Sou curiosa por natureza e gosto de encontrar explicações lógicas para aquilo que me rodeia. Sou alguém que, perante as dificuldades, arranjo maneira e quando confrontada com obstáculos procuro compreendê-los e ultrapassá-los. Acredito em valores orientadores e frequentemente me debato com as falhas humanas e os seus motivos. Reflicto muito sobre o que se passa à minha volta e sobre como mudar em mim e nos outros aquilo que não me agrada. Sou uma eterna insatisfeita, uma perfeccionista que não tem medo de assumir erros, apesar destes serem duros golpes. E acredito piamente que, quando queremos algo arranjamos maneira.


Qual o teu estilo e ritmo de escrita:

Quanto ao estilo de escrita, gosto de acção, emoção, romance e fantasia. Tento escrever histórias com um ritmo rápido, que sejam emocionantes e que fujam da descrição excessiva. Gosto de explorar géneros e estilos, procuro aprender sobre a arte da escrita, e agrada-me misturar realidade e ficção numa mesma história.
Quanto ao ritmo de escrita há sempre mais do que um projecto a decorrer o que significa que cada um deles tem um ritmo próprio. O blogue necessita de atenção quase diária, os contos de atenção esporádica, os poemas de inspiração fulminante, os livros de pesquisa, execução e revisão continuada. Escrevo quase todos os dias, para projectos diferentes e com níveis de dificuldade diferentes.


Quais as tuas influências:

O meu pai influenciou muito daquilo que sou, proporcionou-me as bases e incentivou-me a pensar por mim própria. Os livros que ele comprava, fossem para ele ou para mim, fizeram o resto. Obras como “Marune Alastor 933”, “Hamlet”, “Os Cinco”, “Homem-Aranha”, “X-Men”, “Drácula de Bramstoker”, “A Flecha Negra”, “The Mad Fiddler”, “Os Maias”, ocuparam parte da minha infância e adolescência.
Consumidora assídua de filmes e séries televisivas (ainda antes de saber ler), tenho boas (e más) memórias de “Modelo e Detective”, “V – A Batalha Final”, “Alfred Hitchcock Apresenta”, “Exterminador Implacável”, “A Guerra das Estrelas”, “Poirot”, “Ficheiros Secretos”, “Linha Mortal”, entre muitas outras histórias.
Actualmente prefiro sobrenatural, fantástico, steampunk, romance, policiais, e ficção científica. Géneros que sempre me acompanharam e que têm vindo a banalizar-se, perdendo o estigma duvidoso que tinham.


O que te levou a escrever na área do sobrenatural?

O facto de serem as minhas histórias preferidas. Adoro a magia dos mundos inventados, a imaginação que possibilita e sustenta esses livros e filmes. Agrada-me escrever sobre coisas que não são reais, imaginar mundos e personagens, enredos e complicações. Gosto especialmente daquelas histórias que, sendo fantasia poderiam perfeitamente ser reais, que são uma espécie de fundamentação científica da fantasia.
Ler uma história é uma forma de nos afastarmos da nossa realidade e de viver aventuras que, de outra forma não poderiam ser vividas. E é isso que me agrada na literatura fantástica, esse poder de nos transportar para outras vivências, de introduzir alguma magia na nossa vida. E se isto me seduz como leitora, também o faz como autora.


Como foi o caminho até à publicação deste teu primeiro romance? Tiveste muitas dificuldades em publicar? Fala-nos um pouco sobre esse processo.

Há uns tempos atrás escrevi no meu blogue que o mercado Português é tão grande como uma ervilha… e desidratada. Há espaço para alguns, mas não para muitos e gostaria de acreditar que esses alguns seriam os melhores.
Posso descrever a minha experiência pessoal, na publicação deste primeiro livro, como expectável. Primeiro tentei perceber como funcionava o mercado literário português, como as editoras trabalham e quais as experiências daqueles que já haviam passado por isto, para acautelar desilusões. Depois, reuni coragem, e comecei a enviar alguns emails para editoras que publicam dentro do género literário de “Percepção”. Algumas editoras não deram qualquer resposta. Duas mostraram-se interessadas em publicar.
A Alfarroba foi a escolha que, para mim, fez sentido. Estou muito satisfeita com o trabalho deles e com o apoio e a prontidão de resposta. E nunca tive ilusões que publicar envolve esforço, compromisso e persistência da minha parte.


Tens tido feedback dos teus leitores? Como é que gostas de interagir com eles?

Tenho tido algum feedback, não tanto nem tão público como gostaria, como é habitual. Algumas reacções foram excelentes e deixaram-me muito orgulhosa. Procuro incentivar o contacto quer nos blogues (pessoal e do livro), como nas páginas de Facebook (pessoal e livro), no Twitter, Goodreads e Google+. Mas sei que a maioria das pessoas limita as suas interacções a “Gostos”, ainda somos um povo algo tímido (e desconfiado) no que diz respeito à interacção através da www.


Projectos Futuros:

Mantendo o meu lema de ‘Aprender todos os dias algo novo’, tenho algumas ideias em mente e projectos em andamento. Neste momento encontro-me a escrever um terceiro livro. Planeei começar a escrevê-lo no início de 2012, mas a inspiração manifestou-se nos últimos dias. E apesar de ainda andar às voltas com algumas partes da história, não tive como evitar este início.
Tenho uma outra história à espera de revisão e estou a ponderar disponibilizá-la online. Adorei escrevê-la e ia odiar mantê-la na gaveta virtual para sempre, mas isto implica ter tempo para fazer a revisão e uma investigação cuidada sobre e-books. Mais um projecto a executar em breve.
Continuar a divulgar o meu primeiro livro publicado. E claro, manter o meu blogue a funcionar em pleno (http://sarinhafarinha.wordpress.com/).


E a pergunta da praxe: o que achas do blog Morrighan?

Descobri este blogue há algum tempo e confesso que o que me atraiu primeiro foi a sua faceta de divulgação do paganismo. Ao explorar os vários artigos descobri um espaço virtual interessante, cheio de novidades literárias, que tenho tido muito gosto em acompanhar. É um blogue que faz parte da minha lista de links “Inspiradores” e que visito sempre com prazer.
Quero agradecer à Sofia Teixeira pelo interesse demonstrado assim como, pelo bom trabalho desenvolvido neste blogue. Desejo-lhes os maiores sucessos e muitos anos de bons artigos.

A obra de Sara Farinha:

Percepção

Sinopse: Joana cedo descobriu que os estados emocionais dos outros toldavam o seu raciocínio e moldavam o seu comportamento.

Em busca duma vida anónima, Joana esconde-se em Londres, procurando ignorar a maldição que a impede de viver uma vida normal. É aí que a sua vida se cruza com a de Mark, um arqueólogo americano que viaja pelo mundo à procura de outros Sensitivos como ele. Joana relutantemente aceita a amizade de Mark, acabando por encontrar nele o seu maior aliado na aprendizagem sobre a vivência de um Sensitivo.

As capacidades crescentes de Joana atraem as atenções não só de Mark como do Convénio, uma organização ilegal que pretende reunir sob o seu domínio todos os Sensitivos. É apenas quando a sua melhor amiga é posta em perigo, que Joana descobre que a sua maldição pode ser um dom e que a vida ultrapassa todos os seus receios e expectativas.

Obrigada Sara pela tua disponibilidade e atenção 🙂 ! Fiquem atentos que brevemente haverá um passatempo para ganharem um exemplar do livro da Sara Farinha!

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  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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