Burgueses Famintos a inflamar ânimos no Damas

Fotografias por Sofia Teixeira

Coitadinha, a minha máquina está mesmo a dar as últimas das últimas e por isso é que não tenho fotografado. Ainda assim não podia ir ver Burgueses Famintos sem trazer de lá umas fotografias por muito má qualidade com que ficassem. Eu bem ando a pedir ao Pai Natal uma máquina nova, mas as coisas não andam fáceis! Eheheh. Indo ao que interessa…

Sábado acordou chuvoso, cheio de vento e o dia parecia meter medo, mas pelas 18h00 já tinha parado de chover, a temperatura ficava amena e eis que tudo se arranjava no Damas para que os Burgueses Famintos subissem ao palco numa expressão lírica e musical da obra Samo, que conta com a participação de ilustradores de talento comprovado. Aqui há uns dias falei do trabalho de Burgueses Famintos, mas ver ao vivo é toda uma outra experiência e imagino que para o João Silveira (parte lírica) e para o Manuel Molarinho (composição musical em tempo real) seja também.

Fiquei fascinada. É fácil ficarmos hipnotizados pela conjugação da força das palavras do João com a intensidade dos sons construídos pelo Manuel. A arte consegue manifestar-se de várias maneiras e sem dúvida que este formato é digno de se ver, ouvir e sentir. Ontem às tantas, enquanto tentava fotografar, deixei-me sentar no chão e por momentos fechei os olhos. Acho que este consegue ser um espectáculo muito pessoal, talvez até introspectivo, se nos deixarmos mergulhar nas hipóteses e na imagética provocadas pelo que ouvimos.

Este é um dos casos em que eu acho que diga o que disser vai ser sempre redutor. Acho que se torna imperativo ouvir ao menos a versão digital para se perceber um bocadinho daquilo que é possível experienciar. Existe uma força e uma pujança em toda a performance que é como abrir o peito às balas, aceitando a confrontação com tanto que tendemos a ignorar diariamente. 

Com um texto brutal, um baixo, pedais e uma loop station, Burgueses Famintos têm qualidade e talento para agradarem a quem gosta de arte, seja ela literária ou musical. Engraçado como quando a performance terminou eu só conseguia pensar – isto em Paredes de Coura, no palco na relva, era só brutal. Mas sinceramente qualquer cenário irá ser ultrapassado pela dupla que podem seguir, aqui: https://www.facebook.com/BurguesesFamintos

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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