[Diário de Bordo] Sorrisos ao alto!


Ora muito bem-vindos novamente aqui ao BranMorrighan, um espaço ao qual não tenho dado muita atenção, mas do qual me apercebo que estou muito grata. E antes de mergulhar no meu pequeno testamento, partilho aqui uma mensagem que deixei no Facebook hoje:

Queridos leitores, como estão? 

Ando com muita vontade de escrever novamente, mas acreditam que depois de estar tanto tempo longe, fico meia que sem jeito? Ahah, é uma sensação estranha! 

Hoje depois do yoga e enquanto caminhava de manhã, lembrei-me que, parecendo que não, o blogue vai fazer 12 anos! E pus-me a pensar em todas as fases do blogue, de desconhecido aos escritores, dos escritores aos músicos, andar na estrada com bandas, organizar concertos, etc, até que cheguei àquela fase em que o futuro profissional falou mais alto e o caminho trouxe-me até aos EUA, com uma pandemia ainda estilo furacão nos dias de hoje.

Aquece-me o coração ter o blogue como um local de memórias e de âncora para a humildade e o respeito por todos os que contribuíram e contribuem para que tanto seja conquistado. E em tom de gratidão, quero agradecer-vos a vós também, principalmente a quem tem sempre uma palavra carinhosa e de apoio, por estarem sempre desse lado, independentemente se escrevo todos os dias ou uma vez por mês. Obrigada!

Em relação a conteúdo no blogue, é como já falamos antes, há-de vir quando fizer sentido, e sinto que esse sentido se aproxima cada vez mais. Tenho muita coisa que quero partilhar convosco! Portanto, fiquem atentos! Até já.

E é neste sentido de ter um local em que possa revisitar as memórias, que quis copiar aqui esta mensagem. As redes sociais aparecem e desaparecem, mas a web é um espaço mais vasto e não conto, pelo menos tão cedo, desfazer-me o BranMorrighan. E começando com alguns agradecimentos, só agora dei conta que…

Doze mil! 12 000! É um número bem bonito e bem redondo que vai de encontro aos meus pensamentos de hoje de manhã. O blogue caminha para o seu 12º aniversário! Eu sei que é só em Dezembro, dia 13, mas não deixa de ser fascinante eu manter-me deste lado, vocês desse lado, e os ciclos a renovarem-se com novas aventuras e estados de vida completamente diferentes! Onde estavam vocês há 12 anos? Onde estavam vocês há 6 anos?

Há 12 anos eu estava a meio da licenciatura e há 6 anos a começar o doutoramento! E que fases tão distintas foram os primeiros seis anos dos segundos. E que fase ainda mais distinta estou agora! Portanto, na minha maior humildade, quero agradecer-vos, a todos, o apoio. E quero que saibam que não esqueço.

Leitores, escritores, músicos, artistas plásticos, actores, editoras (musicais e literárias), promotores, blogues/sites companheiros, e especialmente – mas não exclusivamente pois muitos se cruzam nas categorias atrás – todas as pessoas, incluindo amigos e conhecidos, que já passaram e/ou que estão na minha vida, que com um pequeno ou grande gesto me ajudaram e ajudam a crescer e a tornar-me na mulher que sou e a manter esta comunidade de que muito me orgulho — Muito Obrigada!

Outra coisa que não me tinha apercebido é que o blogue conta com quase 3 000 000 de visualizações! Três milhões de visualizações! Ainda faltam perto de 14 000, mas com a minha ausência tão berrante durante o último ano, não estava à espera que o tráfego no blogue continuasse consistente. Mais uma vez, obrigada! E não fiquem aborrecidos comigo por agradecer tanto, porque é mesmo sincero. E porque só assim faz sentido continuar.

E agora, mudando de assunto. Lembram-se do post Iniciativa Diversidade? Pois bem, apesar de andar ausente, continuo a tentar mergulhar mais especificamente no tema do racismo. Já comecei a partilhar algumas sugestões literárias, e até a promover passatempos, mas quero que este seja um assunto que realmente comece a entrar na casa de todos. Há conversas que têm que acontecer à mesa de todas as famílias e, portanto, brevemente vai haver mais um post desta série em que vou partilhar mais sugestões literárias e alguns vídeos.

Em relação à vida nos EUA, as coisas têm sido minimamente calmas. Em Bloomington não tem havido manifestações violentas e por esta altura a grande preocupação é o regresso às aulas e o campus ficar cheio de alunos com o potencial de criarem uma onda gigante de covid-19. A universidade tem estado com todas as precauções possíveis, testando à chegada, tendo os espaços higienizados e com limitações muito restritas no que tocas as espaços fechados, mas há sempre o risco do que acontece fora da sala de aula.

Em Indiana tem que se usar máscara, mesmo na rua, quando não é possível manter a distância mínima (six feet) obrigatória. Dentro dos restaurantes só se pode tirar para comer e dentro dos supermercados e centros comerciais é obrigatório sempre.

Exemplo de uma casinha em Bloomington

E tenho uma cusquice para partilhar convosco. Tenho vizinhos novos! Dos lados e no andar abaixo do meu. E sabem que mais? Agora compreendo ainda melhor o sentido de “paredes de papel”. Ouço (quase) tudo! Mas passo a explicar. Sendo Bloomington uma cidade universitária, os arrendamentos são de Agosto a Julho. O que quer dizer que entre meio de Julho e meio de Agosto, a cidade fica num alvoroço de mudanças e mobílias. Vêem-se sofás e colchões fora das casas, contentores a abarrotar de mobília descartada e carrinhas de mudança em rua sim rua não.

Eu vivo num edifício de três andares (a contar com o rés-do-chão), mas o tradicional das ruas interiores de Bloomington (eu vivo no limite do centro) são as casinhas de um ou dois andares, com os seus jardins, bancos exteriores, flores e pátios. Às vezes há casas em que na área da propriedade chegam a ter árvores enormes e lindíssimas!

Há uma aqui perto que tem uma árvore de tronco branco gigante e belíssima. Quando vou dar a minha caminhada até ao Bryan Park, passo por estas casinhas todas e como algumas são de estudantes, tem sido engraçado ver esta transição entre quem foi embora e quem chega. Voltando aos meus vizinhos… Bem, digamos que até a máquina de lavar roupa deles às vezes ouço (tem um som de “fim” igual à minha). O aspecto positivo é que, por norma, depois das 22h fica tudo silencioso.

Outra curiosidade que posso partilhar convosco, que não me lembro se partilhei, é que agora percebo porque é que nos filmes americanos há tantas lavandarias exteriores! Apesar do meu apartamento ter no interior máquina de lavar e secar roupa (nos EUA não se usa estender roupa, pelo menos até hoje nunca vi), quando se vive em complexos de apartamentos, em vez de casas, é raro os apartamentos terem esses equipamentos. Na verdade, é considerado um luxo. Então por norma existe uma lavandaria fora dos apartamentos e às vezes fora dos edifícios.

O que não é luxo nenhum é o problema que volta e meia tenho com bichinhos aqui no apartamento. Se vos disser que já tive exterminadores cá em casa uma dezena de vezes… E fico sempre admirada com a postura do senhorio a dizer que é normal, que na casa dele de vez em quando também aparecem bichos, e que o exterminador vai lá de meses a meses. Ora bem, isto de se ter bichos, dezenas ou centenas deles, por muito pequenos que sejam não me parece nada normal. Ahah. É nestas alturas que acho que me sinto demasiado europeia.

Ora bem,  como o post já está gigante, termino aqui com este bambi que vi no outro dia ao caminhar. Brevemente quero então escrever mais um post da série diversidade, quero também escrever mais um post sobre práticas espirituais, desmitificando o que considero espiritual, relacionando com a prática diária de bem-estar — yoga, nas suas diferentes componentes (são 8, sabiam? sabiam que yoga não é só a prática de asana? e que asana é o nome que se dá à prática física, as posições, do yoga?), meditação, journaling, entre outros. Tenho também planeado falar-vos sobre as minhas leituras que têm oscilado entre o fantástico e a não ficção.

Dito isto, sorrisos ao alto! 🙂 Obrigada pela vossa paciência e por estarem desse lado!

PS: Estou a pensar criar um grupo privado no Facebook para que alguns dos temas que aqui vou falando sejam discutidos de forma mais interactiva num espaço seguro em que se sintam à vontade para se expressarem. É só uma ideia, digam o que me acham. Se tiverem sugestões de outro tipo de espaço em que possamos fazer isto, digam! 🙂 Namastê!

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on pinterest
Share on whatsapp
Subscrever
Notificar-me de
guest

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

    Subscritores do blog

    Recebe notificação dos novos conteúdos e partilhas exclusivas. Faz parte da nossa Comunidade!

    Categorias do Blog

    Leituras da Sofia

    Apneia
    tagged: currently-reading
    A Curse of Roses
    tagged: currently-reading

    goodreads.com

    2022 Reading Challenge

    2022 Reading Challenge
    Sofia has read 7 books toward her goal of 24 books.
    hide